
- Mercedes? - Martina disse ainda paralisada na porta da sala.
- O que foi Martina? Parece que não ficou feliz com a minha presença! - Mercedes disse abraçando e dando um beijo no rosto da prima.
- N-não é que faz tempo que não nos vemos e f-fiquei assustada com sua presença. - Martina disse engasgando-se com as palavras.
- Fica calma priminha, não sou nenhum tipo de monstro,prometo não ficar embaixo da sua cama durante a noite. - Mercedes disse com um sorriso sínico no rosto.
- Martina que falta de educação é essa com sua prima? - Clara disse pegando Mercedes pela mão. - Venha aqui querida - Clara abraçava e acariciava a cabeça de Mercedes. - Como sempre, você sabe ser ignorante não é mesmo Martina?
- Tia, pelo amor de Deus, não fui ignorante, só fiquei surpresa com a presença dela! - Martina revirou os olhos e subiu para o quarto.
Alguns minutos haviam se passado até que Diego voltara para a casa, ele entrou em casa, disse oi para Clara, sua mãe, não de sangue, mas adotiva, e subiu para o banheiro para tomar banho, ao chegar no andar de cima surpreendeu-se com a presença de Mercedes.
- Mercedes? Você aqui? Mas que coisa boa! - Ele disse abraçando-a.
- É primo, infelizmente minha vida no interior não estava dando muito certo. - Ela disse sorrindo, mas e aí, o que está fazendo ultimamente? Quando fui embora você era apenas um adolescente rebelde. - Ambos deram gargalhadas.
- Sim, isto é verdade, mas nós aprontamos muito juntos. Ultimamente estou cuidando da parte financeiro do banco. E você por que não continuou cuidando de vacas? - Diego disse irônico e dando gargalhadas.
- Para de ser bobo, jamais cuidaria de vacas, olha o meu nível.
INTERIOR DE SÃO PAULO
- Então senho Jorge, chamamos o senhor aqui porque infelizmente seu primo sofreu este grave acidente. - Disse a senhora ainda abalada.
- Na verdade não sabemos o motivo, mas encontramos este bilhete que ele jogou antes de capotar.
- Me dê o bilhete. - Jorge disse desesperado. - Isto não pode ter acontecido. - Ele abrira o papel que estava com um pouco de areia da estrada, soprou para poder ver com mais nitidez as palavras amassadas.
Não demorou muitos segundos para que Jorge pudesse entender qual o fora o motivo da Morte do primo, as lágrimas em seus olhos transbordaram sobre o teu rosto branco, Jorge não se conteve, colocou a mão sobre a broca e com um grito sufocante gritou:
- PABLOOOOOOO, POR QUE FIZESTES ISTO PRIMO? POR QUÊ? - Jorge jogou-se diante do carro que ainda soltava algumas faíscas, agarrou um punhado de terra e jogou para o ar. - E agora meu Deus, o que vou fazer? Ele era tudo pra mim, era meu primo, era meu companheiro, era tudo! Preciso saber quem foi a desgraçada e vou descobrir. - Ele disse com "sangue" nos olhos.
- Senhor Jorge, fique calmo, nada se resolve desta forma, o senhor nem sabe quem foi a causadora de tudo isto. - O homem que estava alí, já cansado e suando disse tentando acalmar os nervos de Jorge.
- Eu não sei quem é, mas vou descobrir que é esta tal de "macaquinha M".- Jorge colocou o óculos diante dos olhos, tirou a chave do bolso então entrou em seu carro.
Nada daquilo fazia sentido, a morte de seu primo, nada, um dia antes os dois estavam nas fazendas controlando toda a colheita de milho, e hoje o primo era apenas brasa, por causa de uma garota, uma garota que nem mesmo Jorge conhecia, a estrada parecia longa para Jorge, pois o destino dele era chegar ao quarto onde Pablo dormia sempre. Finalmente chegou, a porta estava encostada, então Jorge entrou e logo de cara encontrou a cama totalmente revirada, roupas jogadas no chão, e alí, em cima da cama entre os lençóis estava o colar da mulher que acabara com a vida de seu "irmão".
- Te encontrei. - Jorge agarrou a joia que tinha um M assim como estava escrito no bilhete que ela deixara, agora bastava saber de quem era, ele sabia para onde ela estava indo, para a cidade grande, mas onde poderia encontrá-la? Um caminho sem destino, uma busca sem fim, Jorge estava disposto a acabar com a vida desta mulher...
SÃO PAULO CAPITAL
- German que bom que chegou, tenho uma ótimo notícia para lhe dar! - Clara dizia dando beijos na boca de German.
-Diga, o que aconteceu? Seu sapato novo chegou? - Ele disse ironizando e tirando paletó que estava vestindo.
- Claro que não seu bobo, a nossa... - Clara foi interrompida por uma voz fina que vinha das escadas.
- Tio German. - Mercedes descia as escadas correndo, então jogou-se nos braços do tio. - Eu senti sua falta. - Mercedes revirou os olhos, transmitindo assim o seu primeiro "veneno".
- Mechi, sentimos sua falta, nunca mais ligou, nem nada. O que aconteceu?
- Negócios tio, negócios. - Ela disse suspirando.
- Olha, sei que temos muito papo para colocar em dia, mas precisamos anunciar para toda cidade que Mercedes está de volta á casa dos Stoessel. - Clara gritou na sala, ecoando os berros pela casa toda.
- Tio que bom que chegou, precisamo conversar sobre alguns assuntos. - Martina descera as escadas e cumprimentou o tio com um beijo, Clara e Mercedes apenas observavam a cena que para elas eram desnecessária.
- Martina, sei que você tem que conversar com o seu tio, mas estamos conversando sobre a festa de boas vindas que daremos á Mercedes. Você pode ser mais educada, pelo menos uma vez em sua vida?
- Tia, são assuntos importantes, você nunca em entende, este é o problema, ok, fiquem aí falando sobre os assuntos enquanto o banco da família Stoessel fali!
Martina subira as escadas com muita raiva, não conseguia entender o amor que Clara tinha por Mercedes, depois de tudo que aquela garota fizera, Martina era boba e inocente, e nunca teve coragem de dizer o que Mercedes fez antes de partir para o interior, mas agora que ela voltara, estava na hora de dizer, e colocar as cartas sobre a mesa...
AUTOR: Gabriel de Souza
Ótimo capítulo!!!
ResponderExcluirPosta o proximoooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo. >.<
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